4 negócios que não existem no Brasil, mas que bombarão no futuro

Cássia Alves

junho 8, 2025

4 negócios que não existem no Brasil, mas que bombarão no futuro
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Ao olhar para tendências internacionais, é possível adaptar ideias e lançá-las em um mercado ainda virgem. A seguir, você conhecerá quatro ideias de negócio inovadoras, com guias práticos para começar, estimativas de investimento e retorno, e até o lado menos glamoroso de cada proposta, afinal, empreender é se preparar para tudo.

Negócios que ainda não existem no Brasil, mas que podem gerar uma boa grana

1. Roupas por Assinatura

Imagine um guarda-roupa que se renova todo mês, sem que o cliente precise gastar horas no shopping. Esse é o conceito por trás da assinatura de roupas, uma tendência que une personalização, praticidade e consumo consciente. O modelo funciona assim: o cliente preenche um perfil com preferências de estilo, e a empresa envia periodicamente uma seleção de peças para ele usar, podendo depois comprar ou devolver.

No Brasil, poucas empresas operam nesse formato, e o espaço para crescer é grande, especialmente entre públicos urbanos e antenados com moda sustentável. Para começar, é preciso montar um estoque inicial de roupas, investir em um sistema de curadoria (pode ser humano ou assistido por IA) e cuidar da logística de envio e devolução.

Com cerca de R$ 30 mil a R$ 80 mil, já é possível tirar o projeto do papel em pequena escala, e com uma base de clientes fiéis, o retorno pode vir em menos de um ano.

Mas há o lado menos glamoroso: a operação logística é complexa, as peças precisam de manutenção constante e a personalização exige mão de obra especializada. Ainda assim, é um negócio com grande apelo junto à geração que prefere alugar a acumular.

2. Plataforma de Compartilhamento de Ferramentas

Quem já comprou uma furadeira para usar uma única vez sabe como é frustrante gastar com algo que ficará parado por anos. É aí que entra a proposta da plataforma de compartilhamento de ferramentas: uma espécie de Airbnb de objetos úteis, onde usuários podem alugar e emprestar ferramentas por hora ou dia.

A ideia combina economia colaborativa com sustentabilidade, e pode ser extremamente útil em comunidades, bairros ou cidades pequenas, onde há confiança entre vizinhos. Para empreender nessa área, você pode começar com um app simples e um pequeno acervo próprio, que também servirá de isca para atrair outros usuários. Com algo entre R$ 20 mil e R$ 50 mil, dá para lançar a plataforma e investir em marketing local.

Os ganhos vêm por meio de comissão sobre os aluguéis e assinaturas premium. O retorno costuma acontecer entre 6 e 10 meses, dependendo da adesão da comunidade. Porém, é importante estar preparado para lidar com logística de retirada, manutenção de ferramentas e possíveis conflitos entre usuários, além de pensar em seguros ou garantias contra extravios.

3. Clínicas de Saúde Móveis

Com tantas regiões no Brasil ainda sofrendo com a falta de acesso à saúde, as clínicas móveis surgem como uma alternativa eficaz e humana. Elas funcionam em vans ou caminhões adaptados para realizar atendimentos básicos, como consultas, exames, vacinação e até pequenos procedimentos. Podem atender tanto a população geral quanto firmar parcerias com empresas, ONGs e governos.

Esse modelo exige mais investimento inicial, entre R$ 150 mil e R$ 300 mil, pois é preciso adquirir ou adaptar o veículo, comprar equipamentos médicos, garantir licenças e montar uma equipe mínima de profissionais da saúde. Em compensação, é um negócio de impacto social real e com grande potencial de retorno, especialmente se houver contratos fixos com instituições públicas ou privadas.

Mas atenção: o desafio está na logística (definir rotas, manter veículos e agenda organizada), além da burocracia que envolve alvarás e vigilância sanitária. Ainda assim, a demanda é constante e a proposta tem valor agregado inestimável.

4. Lojas Automatizadas

Em tempos de filas, correria e busca por praticidade, as lojas automatizadas prometem transformar o varejo físico. Inspiradas no modelo da Amazon Go, essas lojas permitem que o cliente entre, pegue o que quiser e saia, sem passar por caixas. O pagamento é feito automaticamente por meio de sensores, RFID ou aplicativo integrado.

Embora já existam testes no Brasil, o modelo ainda não se popularizou, especialmente fora dos grandes centros. Isso significa que há espaço para ser pioneiro em bairros, cidades médias ou até segmentos de nicho (como pet shops, mercearias e conveniências). O investimento inicial é mais alto, podendo variar entre R$ 100 mil e R$ 250 mil, devido à tecnologia embarcada, instalação e integração com apps de pagamento.

O retorno costuma chegar em até 15 meses se a operação for bem localizada e eficiente. Por outro lado, o “lado B” está nos custos de manutenção, na dependência de sistemas de TI e na necessidade de suporte técnico constante para evitar falhas que prejudiquem a experiência do usuário.

Bônus: outras ideias em ascensão no Brasil

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Veja algumas ideias também em crescimento no país.

Além das propostas principais, o cenário internacional de empreendedorismo revela uma série de ideias que, embora ainda discretas no Brasil, mostram grande potencial de crescimento nos próximos anos. Uma delas é o aluguel de quintais, em que pessoas disponibilizam seus espaços externos para usos variados, desde eventos intimistas até áreas de lazer para pets ou hortas urbanas coletivas. A proposta une sustentabilidade com uma nova lógica de uso compartilhado do espaço, algo que ressoa fortemente em centros urbanos.

Outra tendência interessante são as cabines de meditação automatizadas instaladas em locais públicos, como shoppings, aeroportos ou estações de metrô. Essas estruturas compactas oferecem sessões guiadas de relaxamento ou foco, proporcionando pausas mentais em meio à rotina agitada, uma inovação perfeita para tempos de estresse crônico.

No ramo da alimentação, os restaurantes por assinatura também ganham tração. Nessa modalidade, o cliente recebe refeições pré-preparadas com curadoria nutricional diretamente em casa, semanal ou mensalmente. É uma evolução do delivery tradicional que aposta em conveniência e constância, especialmente para quem busca uma alimentação equilibrada sem abrir mão de tempo.

Já na intersecção entre tecnologia e serviços, surgem os aplicativos de reparos com diagnóstico por inteligência artificial, que permitem ao usuário identificar falhas em eletrodomésticos ou veículos com a câmera do celular e, em seguida, conectam com técnicos disponíveis na região. Esse tipo de solução acelera atendimentos e reduz erros de avaliação, além de valorizar a economia local.

Por fim, uma proposta mais conceitual, mas cada vez mais procurada, são as consultorias de minimalismo. Especialistas auxiliam pessoas a reorganizarem seus lares, rotinas e até finanças a partir da lógica do “menos é mais”, promovendo qualidade de vida, economia e clareza. Em um mundo saturado de estímulos e consumo, esse tipo de serviço desponta como um alívio necessário, e uma oportunidade de negócio para quem entende de organização e comportamento humano.

Essas ideias, embora ainda em estágio inicial no Brasil, oferecem terreno fértil para quem deseja inovar com originalidade e propósito. E o melhor: todas podem ser adaptadas para nichos específicos ou realidades regionais, o que abre espaço para personalização e diferenciação desde o início.

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